O Instituto - Crítica sem Spoilers
O Instituto (2017), suspense/thriller produzido, dirigido e estrelado
por James Franco, e distribuído no Brasil pela Netflix, foi uma grata surpresa.
Eu já esperava que fosse gostar desse filme, em virtude da temática e do
envolvimento do James Franco (sou fã dele), mas digo que ele é ainda melhor.
A sinopse diz: Uma garota
está sofrendo por conta da morte inesperada de seus pais e voluntariamente dá
entrada no Instituto Rosewood, onde é submetida a experimentos bizarros e
pseudocientíficos de modificação de personalidade e de lavagem cerebral.
A história
é muito boa e o enredo é sensacional. É aquele tipo de filme que te faz
refletir sobre a natureza humana, sobre como o ser humano tem tanta crueldade e
indiferença dentro de si. As cenas nos surpreendem, revoltam e nos mantém
presos numa série de acontecimentos cada vez mais emocionantes. E foi muito
interessante descobrir no final que esse filme foi baseado em eventos reais –
eu não sabia disso quando comecei a assistir.
Pois é, o
Instituto Rosewood realmente existiu no condado de Baltimore, no Estado de
Maryland, Estados Unidos, e de fato foi acusado das várias atrocidades que
foram mostradas no filme. Tal instituto – pasmem – só foi fechado em 2009.
Considerando-se que ele foi aberto no final do século XIX, mais precisamente em
1888, imaginem a quantidade de abusos impunes que devem ter sido cometidos!
Apesar de
ter uma temática bem forte e pesada, as cenas que mostram tais abusos não são
perturbadoras. Pelo menos não foram para mim. Causam um certo incômodo, mas não
é algo que te deixa impressionado e incapaz de desviar seu pensamento disso. Só
para ilustrar, esse filme de forma alguma seria mais perturbador do que O
Albergue (2005), na minha opinião – até hoje não consegui esquecer uma das
cenas finais deste filme.
Para
completar, o filme é totalmente não convencional em alguns pontos do roteiro.
Situações que você imagina que só aconteceriam no final ocorrem faltando quase
meia hora para o término. E o final, nossa, o final é surpreendente! Temos
certamente o famoso plot twist nesse
filme, e é incrível! Vale muito a pena.
Agora
falando no elenco, excelentes as atuações de James Franco (como eu já esperava),
interpretando o Dr. Cairn, psiquiatra que coordena e executa alguns dos
procedimentos do Instituto, e de Allie Gallerani, interpretando Isabel Porter,
a ingênua e corajosa garota que decide se internar no Instituto Rosewood e se
submeter ao tratamento sugerido pelo Dr. Cairn. Aliás, eu não conhecia o
trabalho da Allie e fiquei bem impressionada com o que vi nesse filme.
O cenário e
o figurino são muito bons também, com toda a cara de século XIX mesmo. Eu já mencionei
o quanto amo filmes de época? Não só por causa dos cenários e figurinos, mas
também porque adoro analisar o comportamento humano em outros momentos da
História. E só descobri que esse filme era de época quando comecei a
assisti-lo. Outra grata surpresa.
A trilha
sonora é excelente, e é essencial para compor aquele clima de suspense típico
de um thriller como esse. A música
que toca na cena final do filme, então, traduziu de forma perfeita a sensação que
tive ao assistir a tal cena.
O Instituto
é um filme altamente recomendável para todos aqueles que amam um bom filme de
suspense/thriller. Eu também o
recomendaria para aqueles que gostam de filmes históricos, o que ele não deixa
de ser, por ser baseado em fatos reais ocorridos no final do século retrasado.
Além disso, ele é um filme interessante para todo aquele que, assim como eu,
adora analisar o comportamento humano ao longo do tempo.
Assistam
abaixo ao trailer do filme O Instituto.