O Espaço Entre Nós - Crítica com Spoilers
O Espaço Entre Nós, filme de
ficção científica e romance dirigido por Peter Chelson, pode parecer, para quem não o assistiu, um filme
bobinho, por ser mais voltado para adolescentes. Mas ele é mais do que isso, e a história é
realmente comovente.
A trama do filme gira em
torno do adolescente Gardner Elliot
(Asa Butterfield), que é o primeiro humano nascido em solo marciano. Ele deseja
fazer uma viagem à Terra para conhecer a verdade sobre seu pai biológico, e
sobre seu nascimento. Nesta jornada, ele tem o apoio de Tulsa (Britt Robertson),
uma garota com quem mantinha contato virtual quando morava em Marte.
Achei a
história realmente interessante. Fugindo um pouco dos exageros de certas
produções do gênero ficção científica, este filme nos faz acreditar que todos
os fatos ocorridos nele realmente poderiam acontecer em nossa realidade. Todas
as explicações são muito viáveis e muito bem colocadas, o que deixa o filme
ainda mais legal.
A
fotografia é lindíssima! As cenas no Espaço e em Marte são muito bonitas e
muito reais. As cenas na Terra também não ficam atrás no quesito beleza, o que
faz desse filme, no geral, um verdadeiro espetáculo para nossos olhos.
Quanto às
atuações, acho que de forma geral todas são boas. Esse é o segundo filme do Asa
Butterfield a que eu assisto - o primeiro foi O Orfanato da Srta. Peregrine
para Crianças Peculiares (2016) – e eu gosto da atuação dele, não a acho
excelente ainda, mas acredito que ele tem bastante potencial. Quanto à Britt
Robertson, de cuja atuação eu costumo gostar, eu senti que parecia que ela
estava interpretando a Sophia de Girlboss em alguns momentos. Isto significa
que ela tem alguns vícios de interpretação que fazem parecer em alguns momentos
que ela está interpretando a mesma personagem sempre. A performance que mais
gostei foi a do Gary Oldman, interpretando o cientista Nathaniel Shepherd, mas
até aí nenhuma surpresa – ele já é um ator consolidado e consagrado há um bom
tempo.
O enredo é
muito bom mesmo. E, embora seja um filme voltado mais para o público
adolescente, a narrativa é bem madura e o final não deixa a desejar. Eu queria
que o Gardner tivesse conseguido permanecer na Terra, que era o sonho dele, mas
de fato fazia mais sentido ele não poder ficar e ter que voltar para Marte, em
virtude de todas as limitações biológicas dele que, até mesmo para mim que sou
leiga, pareceram muito coerentes. Além de tudo isso, o casal protagonista,
formado por Gardner e Tulsa, funciona, o que é essencial para um filme como
esse, que também é de romance.
O Espaço
Entre Nós é um filme para quem quer fugir um pouco de sua própria realidade e embarcar
em outra, que, aliás, parece bem possível de acontecer. E quem não gosta de
saber sobre outros mundos ou de explorar mais o próprio mundo? Com as lindas
paisagens mostradas nesse filme e seu enredo tão bem escrito, é possível viajar
para o Espaço com um balde de pipoca no colo e sem sair do sofá de casa.
Obs.:
Alguém tem dúvidas de que a Tulsa terminou a história treinando com a NASA para
poder ir visitar o Gardner? Ou, quem sabe, morar lá com ele? Achei fofo <3