Twin Peaks: 1ª temporada - Crítica com Spoilers



Twin Peaks é uma série de suspense/drama/humor negro com um toque de sobrenatural criada por David Lynch e Mark Frost cuja primeira temporada foi exibida no ano de 1990 pelo canal ABC. Como a série recentemente ganhou uma terceira temporada, depois de 16 anos, a qual é transmitida no Brasil pela Netflix, resolvi começar a acompanha-la e entender por que ela fez tanto cedo, tornando-se um marco televisivo e uma inspiração para tantas outras séries. Até então só assisti à primeira temporada, por isso a crítica é só sobre ela.


A trama gira em torno do misterioso assassinato da garota mais popular e bonita do colégio: Laura Palmer (Sheryl Lee). Após seu corpo ser encontrado, o enredo começa a se desenvolver, e somos levados a acompanhar de perto a investigação de sua morte. E é aí que a história fica interessante e peculiar. A série tinha tudo para ser mais uma sobre um misterioso assassinato. No entanto, seu enredo é tão bem feito que nos faz mergulhar de cabeça na investigação, tentando juntar as minúsculas peças de um enorme quebra-cabeças. 


E, na medida em que os episódios avançam, conhecemos mais os vários personagens do programa, estando todos eles envolvidos na morte de Laura de alguma forma. Sendo assim, qualquer um poderia ser o assassino dela. Aliás, a trama nos apresenta personagens extremamente complexos e atípicos, tendo a maioria deles características próprias e raras, como é o caso da Nadine (Wendy Robie) - mulher aficionada por cortinas - e da mulher que carrega um pedaço de tronco para cima e para baixo, por acreditar que ele tem consciência e pode se comunicar com as pessoas.


Até mesmo o agente do FBI Dale Cooper (Kyle MacLachlan) não é uma pessoa completamente normal. Além de ter sonhos sobrenaturais e, aparentemente, premonitórios, ele também vive registrando informações em seu gravador para uma tal de Diane que, pelo menos até o final da primeira temporada, nunca deu sinal de vida. Falando em poderes sobrenaturais, outra pessoa que também demonstra tê-los é a mãe da Laura Palmer, que vive sonhando com coisas que já aconteceram e vendo pessoas mortas (a própria filha) e pessoas estranhas, como aquele cara que apareceu no pé da cama da Laura.


Além de todo o mistério que ronda a trama, ela também é carregada de drama. Aliás, foi um pouco difícil para mim no início acompanhar o troca-troca de casais. A impressão é que todo mundo está com todo mundo ao mesmo tempo, especialmente a Laura, que tinha, no mínimo, três namorados.

Uma coisa que eu gostei muito sobre Twin Peaks é a sensação que tive de estar assistindo a um filme, principalmente no primeiro episódio. O ritmo da série é um pouco lento, ainda que a primeira temporada tenha apenas oito episódios, porém a história é tão boa e intrigante que faz parecer que tudo acontece muito rápido.


Não há dúvidas de que Twin Peaks foi uma série revolucionária, não só por misturar vários gêneros numa mesma trama, como suspense, drama, humor negro e sobrenatural, mas também por nos apresentar um enredo muito bem costurado e personagens extremamente excêntricos e cativantes. Então, se você é fã de séries como The X-Files, Wayward Pines, Pretty Little Liars e Riverdale, vale a pena conferir a série que, claramente, as inspirou.

Obs.: Falando em Pretty Little Liars, são absurdas as semelhanças não só entre as personagens Alison Dilaurentis e Laura Palmer, mas também quanto ao mistério envolvendo a morte delas.

Obs2.: Ainda não sei quem assassinou a Laura Palmer, pois isso só é revelado na segunda temporada, a qual eu pretendo assistir o mais rápido possível!

Obs3.: E aquela torta de cereja da Double R que o agente Dale Cooper adora comer? Acredito que não sou a única que também fica com vontade quando vê (rs).










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