Game of Thrones: Dragonstone (7x01) - Crítica com Spoilers



O inverno finalmente chegou! E com ele grande expectativa para a estreia da 7ª temporada de Game of Thrones. Ontem nas redes sociais só se falava sobre isso, e com razão: essa temporada promete muitas coisas pelas quais estamos esperando desde a primeira temporada da série.

O início do episódio foi maravilhoso. Deu até para sentir um arrepio no corpo quando a Arya (Maisie Williams) manda uma das esposas de Walder Frey (David Bradley) dizer àqueles que perguntassem o que havia acontecido ali que o inverno havia chegado para a Casa Frey. Foi de lavar a alma ver a Arya finalmente se vingando pelos acontecimentos do Casamento Vermelho, que, na verdade, também estavam engasgados nos fãs da série até ontem. E é interessante ver o quanto a garota está poderosa e implacável. Agora que domina a arte de trocar de rostos, ela se tornou uma inimiga muito perigosa e letal O mais curioso é que ninguém conta com ela. Seus irmãos não contam com ela como aliada, nem mesmo Cersei (Lena Headey) conta com ela como inimiga, o que facilita muito seus planos: ela poderá agir com tranquilidade, pois não é esperada. E ela já está a caminho de Porto Real, com o objetivo explícito de matar a rainha, como ela mesma revela a um grupo de soldados que encontra em seu caminho. Estou ansiosa para ver como será esse encontro. Mas acho que o fim de Cersei ainda está um pouco distante.


Em seguida temos Jon Snow (Kit Harrington) tomando suas primeiras decisões como Rei do Norte. O ex-lorde comandante da Patrulha da Noite se mostrou muito sensato e justo. Apesar das objeções e da sede de vingança de Sansa (Sophie Turner), que, inclusive, admitiu ter aprendido muito com Cersei, Jon não a ouviu e achou melhor se unir aos descendentes de outras casas do Norte, embora seus pais tenham traído a Casa Stark recentemente. Foi muito legal ver o Norte se unindo em prol de um objetivo em comum, assim como vê-los aceitando a ajuda dos Selvagens. E gostei da ideia de as mulheres também poderem se preparar para defender o Norte – isso demonstra o quanto elas conquistaram o respeito dos homens ao longo da trama, apesar de alguns ainda se oporem. E, bom, já era hora de o Norte se reunir e lutar para reestabelecer sua posição, assim como já passava da hora de Winterfell se reerguer.


Mas, enquanto Lorde Baelish/Mindinho (Aidan Gillen) estiver por lá, existe um risco grande de os planos de Jon Snow irem por água abaixo; esse Mindinho é muito ganancioso e traiçoeiro; é questão de tempo até que ele apronte alguma coisa para cima dos Stark de novo, apesar desse amor questionável que ele demonstra sentir por Sansa.


Demorou, mas Cersei e Jamie (Nikolaj Coster Waldau) estão finalmente sozinhos. Eles ainda têm um exército e funcionários do Reino, é claro. Mas estão sozinhos porque só podem contar com o apoio um do outro para se manter no poder. Eles são os últimos Lannisters que contam, como disse Cersei. Isto porque o terceiro e último Lannister que está vivo, Tyrion (Peter Dinklage), se encontra ao lado de Daenerys (Emilia Clarke). Apesar disso tudo, Cersei se mostra dura e destemida, o que, para Jamie, é uma estupidez, porque claramente não conseguiriam vencer uma guerra sozinhos. Quando, enfim, se convence disso, a rainha decide buscar aliados, e a pessoa em quem pensa é Euron Greyjoy (Johan Philip Asbaek). Mas, como ela própria alega, como ela poderia confiar num homem que matou o próprio irmão para assumir seu trono? A questão é que, apesar de não poder confiar nele, a rainha precisa dele, porque é o único que tem uma frota de navios capaz de fazer frente à frota de Daenerys, a qual foi fornecida por Theon (Alfie Owen-Allen) e Yara Greyjoy (Gemma Whelan). No entanto, não será tão fácil assim. Euron Greyjoy pretende se casar com Cersei, o que ela nem Jamie estão dispostos a aceitar. Euron então se compromete a provar que merece a confiança dela. Como ele fará isso, não sei, mas acredito que fornecendo os instrumentos necessários para os Lannisters se prepararem para a guerra que está por vir. Achei interessante a parte em que ela diz que quer criar uma dinastia e o Jamie a questiona, pois, se todos os seus filhos morreram, então dinastia para quem? Ela diz que para eles dois, o que demonstra o quanto Cersei ama o poder e sua posição, e o quanto não desistirá deles tão fácil, ainda que seja simplesmente para entrar na História.


Muito boa a sequência do Sandor Clegane/Cão (Rory McCann) com os adoradores do Senhor da Luz. Justo ele, um homem descrente, teve uma visão ao encarar as chamas do fogo, na qual ele viu milhares de caminhantes brancos indo em direção à Muralha. Também foi intrigante imaginar por que o Senhor da Luz vive trazendo aquele homem de volta à vida. Ele diz que tem uma missão, mas não sabe qual é, mas suponho que esteja relacionada à guerra contra os caminhantes brancos. Nesta sequência também vemos que Clegane é um homem com coração. Ele se sentiu mal pela morte daquele pai e daquela filha cujos corpos estavam na casa em que ele e os adoradores do Senhor da Luz se abrigaram, e por isso decidiu dar a eles um funeral apropriado.


Nesse episódio, é mostrada a chegada de Brandon Stark (Isaac Hempstead-Wright), que agora se apresenta também como o Corvo de Três Olhos, à Muralha. Ele deve pensar que Jon Snow ainda está lá. Tomara que descubra logo que o irmão voltou para Winterfell e, assim, ele também volte para lá. Eu gostaria muito de ver todos os irmãos reunidos em Winterfell de novo, e lutando para defender o Norte.


Vemos nesse episódio que Sam Tarly (John Bradley-Westiniciou sua trajetória na Cidadela para se tornar um meistre. Porém, ao contrário da grande jornada de aquisição de conhecimento que ele pensou que fosse começar, Sam é usado como um criado lá: limpa fezes, lava louça, serve comida, arruma os livros, etc. E o que realmente gostaria de estar fazendo, a princípio não o faz. Somente após um ato de revolta ao furtar livros da Grande Biblioteca, o aspirante a meistre começa a exercer o objetivo que o levara até ali. E, ao estudar um dos livros que furtou, ele descobre informações essenciais para vencer a guerra contra os caminhantes brancos; Sam descobre que o vidro de dragão, que é eficaz para matá-los, se encontra enterrado aos montes sob a Pedra do Dragão, fortaleza em que os Targaryens ficaram quando invadiram Westeros e que foi usada por Stannis Baratheon (Stephen Dillane) quando ele se preparava para guerrear pelo Trono de Ferro.


Em uma das cenas de Sam na Cidadela, ouvimos um homem, cujo braço está infectado pela escamagris, perguntando se Daenerys já havia chegado. Pela doença e pela pergunta já deu para entender que se tratava de Sor Jorah (Iain Glen), o qual havia recebido de Daenerys a ordem de ir procurar uma cura para tal problema de saúde e depois voltar para seu lado. Acredito então que ele esteja ali esperando que os meistres descubram uma cura para ele, considerando-se que eles são os homens mais inteligentes de Westeros. É legal ver o quanto Sor Jorah é leal Daenerys. Apesar de esse grande problema que ele já tem, tudo em que pensa é em ajuda-la e vê-la vencer.


Por fim, a melhor sequência de todo o episódio: Daenerys chegando à Pedra do Dragão, o lugar onde nasceu, seu lar. Eu fiquei realmente emocionada com essa sequência. O mais curioso é que não houve diálogo nessas cenas, mas, ainda assim, foi possível sentir as emoções que ela experimentou ao retornar para casa. E é quase impossível não se empolgar ao vê-la perguntar a Tyrion: vamos começar? Finalmente, depois de tantas temporadas acompanhando a trajetória dela, da Mãe dos Dragões, é chegada a hora de vê-la começar no Grande Jogo e retomar aquilo que foi tirado dela. Realmente muito emocionante.  Mal posso esperar pelos próximos episódios! Será que Daenerys já vai invadir Porto Real? Será que chegará a se unir a Jon Snow? Será que descobrirão que ele é sobrinho dela, pois Jon Snow é filho de Rhaegar Targaryen, irmão dela? Infelizmente agora só podemos aguardar para ver.








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